¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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segunda-feira, fevereiro 11, 2008
 
PADRE NÃO BRIGA COM PADRE


De Darke Mayer Goulart, recebo:

Janer,

a respeito do seu post "A Eurábia é amanhã", o jogo do arcebispo anglicano é evidente: aplicando a sharia para os muçulmanos, os padres vão ter o direito de exigir que os cristãos sigam o código canônico da Igreja. Como o aborto é legalizado no Reino Unido (não lembro se a eutanásia o é também), imediatamente seria considerado crime entre os cristãos. E logo o conceito de "cristão" seria ampliado para "todo habitante não muçulmano, não judeu do Reino Unido", e os católicos e anglicanos estariam felizes. Exceto que os muçulmanos talvez começassem a exigir que os cristãos se curvassem à sharia também. E aí simplesmente eles fariam uma nova Cruzada e resolveriam as coisas.

Você define muito bem, "padre não briga com padre". No fundo, todos eles são iguaizinhos, mudando só o altar e a roupa. E eles nem mesmo podem abrir o mar em dois, ressuscitar alguns mortos, subir aos céus, andar sobre a água ou fazer o sol parar no céu para nos convencer de que eles são, realmente, enviados de Deus na Terra e que seguir aquela patuscada toda vale a pena. Convenientemente, Aquele que teria feito isso tudo parece que morreu há quase 2 mil anos, numa época que - mais convenientemente ainda - não havia nenhuma forma de registrar tão mágicos acontecimentos para a posteridade, exceto o relato de meia dúzia de escritores que conseguiram contar meia dúzia de histórias diferentes sobre a mesma coisa. Deus é realmente um sacana muito esperto para evitar mandar o seu filho passear na Terra depois do advento da imprensa, do gramofone e da fotografia (para não dizer da internet e dos celulares com câmeras).


Tens razão, Darke. Não existe sacerdote que não tenha saudades de uma boa teocracia. Não por acaso, paróquias católicas têm financiado a construção de mesquitas na Europa.