¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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sexta-feira, março 07, 2008
 
CONTRIBUINTE PAGA SALÁRIO DO TERROR



Enquanto a imprensa e a opinião pública se indignam com o escândalo do mensalão e dos cartões corporativos, a companheira de Carlos Marighella, fundador da ALN (Ação Libertadora Nacional), será indenizada com a prestação mensal permanente continuada, ou seja, vitalícia, de R$ 2.520,00, além de indenização retroativa de R$ 165 mil. Não ouço protestos em jornal algum.

Se as novas gerações já não lembram, Marighella foi mais um entre tantos bolcheviques que tentaram transformar o Brasil em uma republiqueta soviética através da luta armada. É de sua autoria o Manual do Guerrilheiro Urbano, escrito em 1969, para servir de orientação aos movimentos armados.

Vejamos algumas pérolas deste manual:

Mas a característica fundamental e decisiva do guerrilheiro urbano é que é um homem que luta com armas; dada esta condição, há poucas probabilidades de que possa seguir sua profissão normal por muito tempo ou o referencial da luta de classes, já que é inevitável e esperado necessariamente, o conflito armado do guerrilheiro urbano contra os objetivos essenciais:

a. A exterminação física dos chefes e assistentes das forças armadas e da polícia.

b. A expropriação dos recursos do governo e daqueles que pertencem aos grandes capitalistas, latifundiários, e imperialistas, com pequenas expropriações usadas para o mantimento do guerrilheiro urbano individual e grandes expropriações para o sustento da mesma revolução.

É claro que o conflito armado do guerrilheiro urbano também tem outro objetivo. Mas aqui nos referimos aos objetivos básicos, sobre tudo às expropriações. É necessário que todo guerrilheiro urbano tenha em mente que somente poderá sobreviver se está disposto a matar os policiais e todos aqueles dedicados à repressão, e se está verdadeiramente dedicado a expropriar a riqueza dos grandes capitalistas, dos latifundiários, e dos imperialistas.

Uma das características fundamentais da revolução brasileira é que desde o começo se desenvolveu ao redor de expropriações da riqueza da burguesia maior, imperialista, e dos interesses latifundiários, sem a exclusão dos elementos mais ricos e dos elementos comerciais mais poderosos envolvidos com a importação e exportação de negócios.

E mediante a expropriação da riqueza dos principais inimigos do povo, a revolução brasileira foi capaz de golpeá-los em seus centros vitais, com ataques preferenciais e sistemáticos na rede bancária, isto é, os golpes mas contundentes foram contra o sistema nervoso capitalista.

Os roubos a bancos realizados pelos guerrilheiros urbanos brasileiros machucaram os grandes capitalistas tais como Moreira Salles e outros, as empresas estrangeiras que asseguram e reasseguram o capital bancário, as companhias imperialistas e os governos estatais e federais, todos eles sistematicamente expropriados desde agora.

Os frutos destas expropriações tem sido dedicados ao trabalho de aprender e aperfeiçoar as técnicas de guerrilha urbana, à compra, à produção, e ao transporte de armas e munições das áreas rurais, ao aparelho de segurança dos revolucionários, ao mantimento diário dos soldados, àqueles que foram libertados da prisão por forças armadas e àqueles que foram feridos ou perseguidos pela polícia, ou a qualquer tipo de problema que envolva camaradas que foram libertados da cadeia, ou assassinados pelos policiais e pela ditadura militar.

No Brasil, o número de ações violentas realizadas pelos guerrilheiros urbanos, incluindo mortes, explosões, capturas de armas, munições, e explosivos, assaltos a bancos e prisões, etc., é o suficientemente significativo como para não deixar dúvida em relação as verdadeiras intenções dos revolucionários. A execução do espião da CIA Charles Chandler, um membro do Exército dos EUA que venho da guerra do Vietnã para se infiltrar no movimento estudantil brasileiro, os lacaios dos militares mortos em encontros sangrentos com os guerrilheiros urbanos, todos são testemunhas do fato que estamos em uma guerra revolucionária completa e que a guerra somente pode ser livrada por meios violentos.

Esta é a razão pela qual o guerrilheiro urbano utiliza a luta e pela qual continua concentrando sua atividade no extermínio físico dos agentes da repressão, e a dedicar 24 horas do dia à expropriação dos exploradores da população.
(...)

A razão para a existência do guerrilheiro urbano, a condição básica para qual atua e sobrevive, é o de atirar. O guerrilheiro urbano tem que saber disparar bem porque é requerido por este tipo de combate.

Na guerra convencional, o combate é geralmente a distância com armas de longo alcance. Na guerra não-convencional, na qual a guerra guerrilheira urbana está incluída, o combate é a curta distância, muito curta. Para evitar sua própria extinção, o guerrilheiro urbano tem que atirar primeiro e não pode errar em seu disparo. Não pode desperdiçar suas munições porque não tem grandes quantidades, por isso tem que economizar. Tampouco pode recarregar suas munições rapidamente, porque é parte de um grupo pequeno na qual cada guerrilheiro tem que se cuidar sozinho. O guerrilheiro urbano não pode perder tempo e deve poder atirar de uma só vez.

Um fato fundamental, que queremos enfatizar completamente e cuja importância fundamental não pode ser subestimada, é que o guerrilheiro urbano não deve de disparar continuamente, utilizando todas suas munições. Pode ser que o inimigo não esteja disparando precisamente, e esteja esperando que as munições do guerrilheiro hajam gastado. Em tal momento, sem ter tempo para recarregar suas munições, o guerrilheiro urbano enfrentará uma chuva de fogo inimigo e pode ser aprisionado ou morto.

A pesar do valor do fator surpresa que muitas vezes faz com que seja desnecessário o uso de suas armas, não pode ser permitido o luxo de entrar em combate sem saber atirar. Cara a cara com o inimigo, tem que estar em movimento constante de uma, posição a outra, porque o ficar em uma só posição o converte num alvo fixo e, como tal, muito vulnerável.

A vida do guerrilheiro urbano depende de atirar, na sua habilidade de manejar bem as armas de pequeno calibre como também em evitar ser alvo. Quando falamos de atirar, falamos de pontaria também. A pontaria deve de ser treinada até que se converta num reflexo por parte do guerrilheiro urbano.

Para aprender a atirar e ter boa pontaria, o guerrilheiro urbano tem que treinar sistematicamente, utilizando todos métodos de aprendizado, atirando em alvos, até em parques de diversão e em casa.

Tiro e pontaria são água e ar de um guerrilheiro urbano. Sua perfeição na arte de atirar o fazem um tipo especial de guerrilheiro urbano – ou seja, um franco-atirador, uma categoria de combatente solitário indispensável em ações isoladas. O franco-atirador sabe como atirar, a pouca distância ou a longa distância e suas armas são apropriadas para qualquer tipo de disparo.
(...)

Antes de qualquer ação, o guerrilheiro urbano tem que pensar nos métodos e no pessoal disponível para realizar a ação. As operações e ações que demanda a preparação técnica do guerrilheiro urbano não podem ser executadas por alguém que carece de destrezas técnicas. Com estas precauções, os modelos de ação que o guerrilheiro urbano pode realizar são os seguintes:

a. assaltos

b. invasões

c. ocupações

d. emboscadas

e. táticas de rua

f. greves e interrupções de trabalho

g. deserções, desvios, tomas, expropriações de armas, munições e explosivos

h. libertação de prisioneiros

i. execuções

j. seqüestros

l. sabotagem

m. terrorismo

n. propaganda armada

o. guerra de nervos



Tais habilidades são exigidas para quê? Para transformar um país em uma ditadura comunista. A mulher deste celerado foi recompensada com uma pensão mensal vitalícia de 2.520 reais. Você, contribuinte, está pagando o salário do terror. Você está tão anestesiado que já nem chia.