¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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sexta-feira, março 21, 2008
 
NÃO ENTENDI



Barack Obama, O pré-candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, está indignado porque funcionários do Departamento de Estado examinaram seu passaporte sem autorização. Pediu uma investigação do caso no Congresso.

O governo americano anunciou hoje que a pré-candidata presidencial democrata Hillary Clinton e o pré-candidato republicano, John McCain, também foram vítimas de revisões não autorizadas de documentos vinculados a seus passaportes. A secretária de Estado, Condoleezza Rice, apressou-se a pedir desculpas a Obama, cujo arquivo teria sido consultado três vezes sem justificativa desde janeiro.

Cá entre nós, não vejo problema algum em que examinem meu passaporte. Adoro um passaporte cheio de vistos. Falo de meus antigos passaportes. Porque depois do espaço Schengen e União Européia, a gente recebe um mísero visto no país de entrada e um outro no de saída. Você pode passar por dez países na Europa e recebe só dois carimbinhos medíocres.

Sempre vi um passaporte como uma espécie de currículo. Ou de biografia. Minha memória já não comporta os dados de quando e onde andei. Para saber de meu passado, preciso consultar meus passaportes. Por estas razões, em nada me agradou saber que quando tiver de tirar novo passaporte, terei de entregar o antigo. Até agora, fazia-se um corte no ângulo superior direito das folhas do documento, para invalidá-lo. Confesso não entender porque a Polícia Federal quer privar-me desses dados de minha biografia.

Como tampouco entendo porque Obama, Hillary ou McCain estejam preocupados porque alguém consultou o histórico de suas viagens.