¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quinta-feira, janeiro 01, 2009
 
AOS QUE ESTÃO LONGE


Quando escrevia em papel, na Folha da Manhã, meu público se resumia a Porto Alegre e mais algumas cidades gaúchas. Em Dom Pedrito – meus pais já eram mortos - onde me criei, nem meu clã sabia que eu era jornalista. É por estas e por outras que adoro estes dias de Internet. Tenho reencontrado pessoas que não via há trinta, quarenta e mesmo cinqüenta anos. Sem falar nestes desconhecidos íntimos, os leitores distantes.

Bisbilhotando no sitemeter deste blog, descobri que além dos leitores cá do Brasil, tenho outros em insuspeitos lugares do mundo. Alguns serão leitores ocasionais, que chegam à minha bitácora por alguma pesquisa aleatória. Mas há os fiéis. Em Pequim, Tongji e Wenzhow, na China. Em Osaka, Toyokawa, Bagoya, Fujisawa, Hikone e Yokohama, no Japão. Em Jawa Barat, na Indonésia. Em Dallas, Chicago, Creswell, El Paso, Troy, New Jersey, Mountain View, Southfield, Raritan, Princenton, Naples, Creswell e Ohio, nos Estados Unidos. Em Nordrhein, Leipzig, Bonn e Erfurt, na Alemanha. Em Zurich e Basel, na Suíça, em Milão, na Itália. Mais outros em Paris, Ussel, Angers, Villeurbanne e Lyon, na França. Há um em Madri, um em San Sebastián, outro em Barcelona e mais um Oviedo, na Espanha. Um outro em Buenos Aires.

Na Inglaterra, tenho um leitor em Londres, outro em Oxfordshire e mais um em Crawley. No Canadá, tenho cinco fiéis. Em Montreal, Beaconsfield, Edmonton, Mississauga e North Vancouver. Para minha surpresa, descobri que tenho um leitor em Maputo, Moçambique. Outro em Laie, no Hawai. E outro em Yaound, no Cameroon. Um outro em Queensland, Austrália. Mais um em Cagliari, na Sardenha. Em Portugal, tenho dois, um em Lisboa e outro em Braga. Na Finlândia, tenho um em Taivalmaa, outro em Kurikka, outro em Ruovesi e uma leitora – a quem conheço e quero bem - em Vaasa. E na Bélgica, um dos meus fiéis vive em Bruxelas.

São brasileiros e portugueses, suponho, talvez mais alguns espanhóis, americanos e franceses, com domínio do português. A estes amigos íntimos, tanto os do Brasil como os que vagam pelo planetinha – desconhecidos na maioria, conhecidos alguns – deixo meus votos de um bom 2009. À guisa de lembrança, segue um trechinho da ópera que mais adoro, na interpretação que mais me fascina, a de Julia Migenes:

http://www.youtube.com/watch?v=EYfU4QPwz-4&feature=related