¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quinta-feira, dezembro 03, 2009
 
FIN DE VIAJE!


Bueno, fin de viaje! Al trabajo, carajo! Passar um mês sem ouvir falar de Lulas, Dilmas, Serras e Marinas já vale uma viagem. Isso sem falar em mensalões, dinheiro nas meias, dinheiro nas cuecas. Não que na Europa não exista corrupção. Mas é mais rarefeita. Sem falar que europeu tem mais anos de civilização e quando recebe propina a recebe em uma maleta elegante, as cédulas todas encaixadinhas e contadas. Verdade que no Brasil já tivemos a fase da mala preta. Deve ter sido o estigma da mala preta que leva hoje nossos impolutos líderes a guardar a grana nas cuecas.

A viagem foi ótima, com alguns senões. Duas tentativas de assalto – que ficaram só na tentativa – em apenas sete dias em Barcelona. Uma abordagem muito mal intencionada em Segovia. As noites de Lisboa, por outro lado, já não convidam à flânerie. Rossio e Praça da Figueira, ruas Augusta e da Prata, estão tomadas por árabes e negros desocupados. Em certos trechos das ruas, você tem a impressão de estar em plena África. À noite, preferi transitar apenas pelas ruas de grande circulação, onde o risco é menor. Logo eu que adorava a Europa por poder flanar nas madrugadas, sem nenhuma sensação de perigo. E quem assalta? Imigrantes árabes ou africanos, ciganos ou romenos. Ou nacionais drogados. O velho continente já não é o que foi. Lembra de meu conselho, leitor: se queres visitar a Europa, vai antes que acabe.

Tentarei, mais adiante, repassar algumas impressões de viagem. Para quem me acompanha, não serão novidade. As cidades que agora visitei, Madri, Barcelona, Toledo, Segovia, mais Santa Cruz de Tenerife, Arrecife, e algumas aldeias das Canárias, e Lisboa, são velhas conhecidas e em algum momento terei falado delas. Já falei também dos vulcões e dos vinhedos de Lanzarote. Pouco importa. Relembrar o que algum dias nos fascinou sempre é prazeroso.

Perdi muitas crônicas interessantes. Mas não dá pra se fazer uma reflexão mais profunda durante uma viagem. Isto é, até que daria. Mas aí se perde um pouco da viagem. Enfim, cá estou. Vamos à tragédia nacional.