¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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sábado, dezembro 10, 2011
 
AINDA A BOLSA-PRESIDIÁRIO


Mensagem da Lara:

Pois eu também acho um absurdo o auxílio-reclusão, mas a minha argumentação é diferente da do Jonathan.

O meu argumento é que o preso não está inválido e, portanto, deveria se auto-sustentar na prisão e ainda sustentar aos filhos, como qualquer um, sem privilégios. As únicas coisas que ele não deveria pagar são os guardas, cadeados e grades, mas em se tratando da comida, da cama, da cela (quarto) para dormir, ele deveria pagar o preço de mercado para isso e não como agora que quando o preso trabalha (e é verdade que 50% dos presos trabalham) ele pode colocar 100% do dinheiro no banco, sem precisar gastar nada para se auto-sustentar nem para sustentar aos filhos. Isso é um absurdo, é um privilégio injustificado. Me parece que os presos deveriam ter as mesmas coações econômicas para trabalhar que os não-presos. Não coação física, mas também não ter privilégios em comparação aos não-presos.

Lara Alvarenga Sipavicius


Mensagem do Jonathan

Janer, sem querer polemizar, mas já polemizando...

O princípio ou ideia de solidariedade permeia todo o sistema de seguridade social brasileiro, e não só, como também permeia tudo o que se entende por social-democracia.

E quem seria contra a solidariedade? Contra ajudar o próximo? Nem o mais empedernido liberal!

Ocorre que, de acordo com o senso comum do povo, e neste me incluo, os pobres, as viúvas, os desempregados, os inválidos, enfim, os desafortunados em geral, é que são considerados como “próximos”, não os criminosos e assemelhados, tais como os imigrantes ilegais! Daí a absoluta rejeição popular ao “bolsa-cadeia” e a outros quetais!

Ocorre que os criminosos, e diga-se de passagem, somente os piores criminosos, compreendidos apenas os que no Brasil correm um pequeno risco de irem parar na cadeia, por pouco tempo, em períodos intercalados por “saidinhas” diversas e sem prejuízo de suas atividades delituosas, que fique claro! Estes é que são acobertados pelo pálio da previdência social.

Embora não exatamente os próprios, mas as suas famílias, o que não deixa de ser um prêmio, ainda que indireto, à bandidagem.

E se me equivoquei, prezado Jader, foi quando afirmei que a sociedade paga só duas vezes ao criminoso, não, paga muito mais vezes; paga pelo crime, pelo sustento do criminoso na prisão, pelo “bolsa-cadeia”, pelo perigo das “saidinhas”, pelo deboche com o cidadão honesto e por aí vai.

E o bandido tem o mesmíssimo direito que eu coisa nenhuma! Pois foi para ajudar o “próximo” e não para sustentar delinquentes que eu me alistei contra a minha vontade a fim de me tornar contribuinte compulsório da previdência social!

Logo, é definitivamente injusto o que apenas parece ser... injusto.

Jonathan Azevedo.