¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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terça-feira, março 08, 2005
 
FRANCISCO FRANCO

Prezado Janer Cristaldo,

Há muito que venho acompanhando com renovada satisfação seus brilhantes artigos sobre nossa triste realidade brasileira através do MSM.

Este último de hoje, 7 de março, deixou-me sobremodo esperançoso ao ver que há neste nosso sofrido Brasil outros leitores de Ricardo de la Cierva, historiador cujos livros tenho lido muito.

Mais feliz fiquei ao ler seu artigo de hoje pela menção ao Generalíssimo Franco, que, atualmente, considero o estadista mais corajoso e construtivo do Século XX; homem que, além de ter provado ser possível derrotar o comunismo e a anarquia, teve a coragem de fazer com que a Espanha reencontrasse seu lugar no mundo, projetando e criando as condições político-sociais para o regime que lá vigora atualmente.

Mas combater e vencer o comunismo e a esquerda em geral tem seu preço, o da constante difamação e calúnia.

O general Franco não ficou todavia no combate ao totalitarismo comunista: foi além, pois através de verdadeiros atos comissivos por omissão, participou do esforço de guerra anglo-americano, bloqueando as pretensões de Hitler de querer cerrar o Mediterrâneo por Gibraltar, levando a Alemenha à desastrosa campanha do norte africano, a qual tinha o objetivo militar de fechar o Suez, cortando as linhas de suprimento do Reino Unido.

Tudo isso é ignorado e esquecido. Resta a esperança de que a História não seja madrasta e ao final seja feita a Justiça.

O Prof. Fernando Henrique Cardoso sabe mais do deixa transparecer. Oculta seu conhecimento e seus propósitos pela manipulação dos fatos e das palavras, tudo com o objetivo de tornar o Brasil um país "menos injusto" pela via do socialismo. FHC já declarou expressamente que entende ser necessário um "curto-circuito" para mudar. Está lá no seu livro-entrevista O Presidente Segundo o Sociólogo.

A realidade histórica descrita por Ricardo de la Cierva sobre os anos que antecederam a Guerra Civil se parece muito com a do Brasil de hoje, menos por um elemento decisivo: lá, diferentemente daqui, havia uma direita, com seus orgãos de imprensa, com seus intelectuais, seus homens de indústria etc.. No Brasil, não há mais direita, como, aliás, FHC muito bem nota no livro antes citado.

O "supremo apedeuta" e seu partido , como v. gosta de chamá-lo, são obras de FHC, desde o início, desde sempre. O ex-presidente apenas finge embates com o atual ocupante do Planalto, como nos tempos do "telequete". Depois do culto, o inculto. Tese e antitese. São requintes de ironia no eficiente exercício de manipulação psicológica das massas.

Cordialmente,

Rodrigo Mattos Vieira de Almeida