ESTADÃO AMENIZA TÍTULO SAFADO
Comentei hoje na madrugada o título inadequado, completamente alheio ao texto, publicado ontem no Estadão on-line:
Bolsonaro comanda sessão de exaltação à tortura na Câmara
A notícia foi publicada às 20h36. A noite parece ser boa conselheira. Na edição em papel do jornal de hoje leio:
Sessão na Câmara exalta repressão no Araguaia
Melhorou um pouco. Mas não muito. O texto continua o mesmo, omitindo as acusações mais graves do Coronel Lício Augusto Maciel (que postei na mensagem anterior). E o título continua safado. Pois repressão é palavra que adquiriu conotação negativa, dada a influência das esquerdas na mídia. Repressão é quando um governo dito de direita reage com rigor a manifestações de rua ou movimentos armados. Se o atual governo, por exemplo, tivesse de reagir com rigor a manifestações de rua ou movimentos armados, jornalista algum da grande imprensa falaria em repressão. Teríamos, no máximo, títulos como:
Governo reage à desobediência civil
Ou ainda:
Governo controla desordem
Tudo, menos repressão. Governos de esquerda, por definição, não reprimem.
A jornalista Denise Madueño omite em sua matéria um grave caso de censura no Congresso, afinal governos de esquerda não censuram. O presidente da Câmara não permitiu, ontem, a exibição de um vídeo sobre o ex-deputado José Genoíno, o Geraldo da guerrilha do Araguaia. A intenção da proibição é óbvia. Não se pode permitir que o presidente do partido do homem mais ético do país seja visto como aquilo que Che Guevara chamava de "revolucionário de três tapas": um para falar, dois para calar a boca.
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