¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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terça-feira, maio 09, 2006
 
MANCINI ACEITA MAFIOSOS


O restaurante Famiglia Mancini é uma das glórias gastronômicas de São Paulo. Em horas de almoço, normalmente tem filas de uma a duas horas, o que faz com que dele me afaste. Mas é uma das casas que escolho quando recebo amigos e amigas de outras cidades ou países. Busco um horário de menos demanda e contorno o inconveniente das filas. Comentário de um amigo francês, amante da bonaxira, após um almoço no Mancini: "On peut survivre au Brésil".

É pena que ultimamente o Mancini aceite a freqüência de mafiosos. Há dois domingos, um grupo de deputados quadrilheiros petistas, liderados por Professor Luizinho, expulsou clientes do restaurante com a truculência típica dos militantes petistas. Em vez de proibir a entrada de marginais, a direção do Mancini orientou-os a silenciar sobre o assunto.

Outro marginal habitué do oásis da rua Avanhandava, o ex-deputado José Genoino, já foi xingado por um freqüentador. Não há almoço que caia bem, nem vinho que possa ser degustado com prazer, quando estamos ao lado de um delinqüente. Outro dia, em meu boteco de fins-de-semana, tive o desprazer de ver sentado numa mesa ao lado, o advogado Luis Eduardo Greenhalgh, defensor incondicional dos capi da máfia petista.

Está ficando desagradável almoçar em São Paulo. Pelo menos enquanto delinqüentes permanecem em liberdade. O ex-capo José Genoíno teve pelo menos um segundo de humildade. Sem insultar os fregueses, como fez o tal de Professor Luizinho, pediu a conta e foi embora sem concluir o lauto almoço, merecido pelos serviços prestados à Máfia.