¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quarta-feira, agosto 09, 2006
 
ESTADO SE CURVA E OBEDECE


O direito de deixar as prisões em datas comemorativas é garantido por lei e pode ser requerido pela defesa do preso à Justiça. Em 2005, no Dia dos Pais, 11.087 detentos ganharam as ruas. Destes, 808 não retornaram às celas. Em maio último, no Dia das Mães, 12.645 presos estavam fora das celas durante a primeira série de ataques do ano. 965 não voltaram. O percentual dos foragidos é de mais de 7 %. É o que nos dizem os jornais.

Cerca de mil presidiários fugindo a cada data comemorativa é, a meu ver, razão mais que suficiente para acabar de vez com o benefício. Se tal direito ainda existe, o Estado é cúmplice das fugas. Ao saber que o Ministério Público Estadual pretendia proibir a saída de prisioneiros neste Dia dos Pais, o PCC cometeu mais de cem atentados a repartições públicas, bancos, postos de gasolina, ônibus e carros policiais. A estratégia surtiu bom efeito. Os jornais estão anunciando cerca de 11 mil presidiários livres como passarinhos no próximo fim-de-semana. Se as estatísticas se repetem, cerca de mil deles permanecerão livres para matar, roubar, estuprar, seqüestrar.

8.852 detentos já conseguiram o benefício. O Primeiro Comando Central já demonstrou sobejamente quem manda em São Paulo. O Segundo Comando - papel ao qual foi reduzido o Estado - se curva e obedece.