¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quarta-feira, agosto 02, 2006
 
NUESTRO PERFECTO IDIOTA



No Manual del perfecto idiota latinoamericano, Plinio Apuleyo Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Alvaro Vargas Llosa traçam o perfil do personagem-título:

A los cincuenta años, después de haber sido senador y talvez ministro, nuestro perfecto idiota empezará a pensar en sus opciones como candidato presidencial. Tiene a su lado, además, nobles constitucionalistas de su mismo signo, profesores, tratadistas ilustres, perfectamente convencidos de que para resolver los problemas del país (inseguridad, pobreza, caos administrativo, violencia o narcotráfico), lo que se necesita es una profunda reforma constitucional. O una nueva Constitución que consagre al fin nuevos y nobles derechos: el derecho a la vida, a la vivienda digna, al trabajo bien remunerado, a la lactancia, a la intimidad, a la inocencia, a la vejez tranquila, a la dicha eterna. Cuatrocientos o quinientos artículos con un nuevo ordenamiento jurídico u territorial, e el país quedará como nuevo. Nuestro perfecto idiota es también un soñador.


Claro que o Supremo Apedeuta não seria exceção à regra. Leio hoje no jornalismo on line:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (2/8) que pode enviar ao Congresso, depois das eleições, proposta de emenda constitucional (PEC) propondo a convocação de uma Assembléia Constituinte exclusiva, com a finalidade específica de votar a reforma política.

Exceto o fato de que já é presidente, o Supremo segue à risca a bula dos autores. A Constituição Cidadã, em prosa e verso cantada, arrisca não durar duas décadas. O pior é que, da forma como está redigida, é melhor que não dure mesmo. Pensando bem, poderíamos ir mais longe: convoque-se uma Assembléia Constituinte Permanente, para revisar a Carta Magna a cada ano. Uma vez a cada doze meses, nossos perfeitos idiotas poderiam editar seus sonhos, idiotices e utopias.