¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quinta-feira, agosto 31, 2006
 
O MÉDICO E AS FRITAS


Desconheço algo mais irritante, em períodos pré-eleitorais, do que um candidato visitando lanchonetes ou restaurantes populares para ganhar votos. Em campanha, lanchonete. Uma vez no poder, Fasano, Massimo, Antiquarius. Demagogia das mais baratas, esta tentativa de bancar o popular é repulsiva. É até possível que renda votos, já que quase todos os candidatos têm seu dia de passar por homem simples.

Na Folha de São Paulo de hoje, vemos o desastrado Geraldo Alckmin, sentado em um botequim da Cinelândia, no Rio, oferecendo um prato de batatas fritas a duas meninas que vendiam balas. No texto, lemos que pediu também dois refrigerantes para as duas. Pode-se conceber um médico oferecendo fritas e refrigerantes a quem quer que seja?

Alckmin me lembra um amigo, que só dá duas coisas quando um mendigo lhe pede algo: cachaça ou cigarro. "É pra morrer mais depressa", justifica. Meu amigo, sem ser candidato a coisa alguma, é bastante popular.