¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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sábado, maio 26, 2007
 
ELES NÃO SE ENTENDEM



Sair de porta em porta, ouvir as pessoas, rezar e ler a Bíblia com elas e, se tiverem abandonado a religião, convidá-las a voltar à Igreja para viver a sua fé, será o apelo que os bispos farão no encerramento da 5ª Conferência-Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, num esforço de evangelização que deverá envolver todos os fiéis, não só padres e freiras. É o que leio no Estadão.

Após citar o discurso que Bento XVI fez aos bispos brasileiros em sua visita a São Paulo, o cardeal dom Cláudio Hummes disse que muitos católicos deixam a Igreja porque não foram devidamente evangelizados e, por isso, são incapazes de resistir às investidas do agnosticismo, do relativismo e do laicismo. "Aqueles que nós batizamos têm o direito de ser evangelizados por nós, pois no momento em que os batizamos nós assumimos o compromisso de evangelizá-los e de conduzi-los a Jesus Cristo. Não é uma forma de proselitismo nem de antiecumenismo, porque se trata de pessoas que nós batizamos".

O que o cardeal esqueceu de dizer é que as crianças são batizadas ao nascer, ou seja, à revelia, quando não têm defesa alguma contra a imposição de uma crença. O cardeal está dizendo: "se nós batizamos, a alminha é nossa". No fundo, defesa de mercado. Nestes dias em que, enquanto os padres católicos dormem a sono solto os evangélicos varam madrugadas em busca de um rebanho, não deixa de ser uma atitude de defesa. Mas não venha o cardeal dizer que não se trata de proselitismo. Proselitismo que começou há 1700 anos, no império de Constantino, que a Igreja adotou e jamais abandonou.

Soa então muito estranho ouvir Bento XVI afirmar como justa preocupação para a Igreja o "proselitismo agressivo das seitas", referindo-se às diferentes denominações evangélicas que hoje roubam ovelhas de seu rebanho. Se assim fala Sua Santidade, é porque considera o proselitismo como algo condenável.

Já o cardeal Hummes, mais papista que o papa...