¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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sexta-feira, maio 18, 2007
 
RAYMOND ARON E EU



Leio no blog Gropius:

O exemplo de Janer Cristaldo é o mais sério, porquanto se trata de um jornalista e intelectual, responsável, pelo próprio ofício, a ter as definições em mente antes de expelir expressões de polêmica fácil. Mesmo assim, antes de avançarmos rápido no repúdio ao anti-catolicismo do jornalista, deveríamos perguntar-lhe: o que se entende por "traficante de drogas"? O Cristianismo é uma droga tanto quanto a cocaína e o ópio? Quais as diferenças? Quais as semelhanças? O que define uma droga? A polêmica esvazia-se assim. E logo se vê que de um post pretensamente polêmico nada resta. Só um bater de panelas patético.

Claro que considero as religiões como uma droga, tanto ou quanto a cocaína e o ópio. Com uma diferença: a cocaína e o ópio matam quem as consome e as religiões, ao longo dos séculos, têm matado quem se recusa a consumí-las. São talvez mais perigosas que as drogas propriamente ditas. Algumas seitas mais agressivas, como a cientologia, chegaram a gerar uma nova profissão, a dos desprogramadores, para desintoxicar os jovens que sofreram lavagem cerebral.

É curioso observar que ninguém questionou Raymond Aron, quando escreveu O ópio dos intelectuais. Referia-se ao marxismo e o comparava a uma droga. O livro fez fortuna e hoje é um dos clássicos da contestação ao pensamento totalitário.

Ou seja, marxismo é droga. Cristianismo não é.