¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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terça-feira, agosto 28, 2007
 
TRASEIRO MINISTERIAL
PRODUZ TEMORES NO MERCADO




É mais que batida a piada do marido que, tendo sido traído pela mulher no sofá, resolve o problema retirando o sofá da sala. Foi mais ou menos o que fez Nelson Jobim, o ministro da Defesa, para resolver a crise aérea que afeta o país. Há falta de segurança nos aeroportos? Tira as poltronas dos aviões.

Como o espaço interno dos aviões é desconfortável para o 1,90m do ministro, a primeira providência de Jobim foi exigir o aumento de espaço entre os assentos. As empresas, para conforto do traseiro ministerial, concordam em aumentar em dois centímetros a distância entre uma poltrona e outra. Está em estudo o aumento dos atuais 77,5 cm para 79,5 cm. Enquanto isso, companhias como a Iberia, KLM e LanChile oferecem 81,28 cm. A TAP - ou os TAP, como preferem os lusos - é mais generosa: 83,82 cm.

Segundo o Estadão, as empresas temem possíveis distorções provocadas pela medida, como a perda da competitividade em relação às companhias estrangeiras. "A LanChile poderá decolar de São Paulo com destino a Santiago usando um avião idêntico ao da TAM, por não estar sujeita a um pitch (espaço entre as poltronas) fixo", disse um executivo.

Estas empresas estão chorando de barriga cheia. Mesmo com o aumento de dois centímetros, a distância entre as poltronas fica aquém das demais companhias internacionais. O pior em tudo isso é que nunca falta um patrioteiro para achar que brasileiro tem de voar com empresa brasileira.