¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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sábado, setembro 29, 2007
 
JERICO RIDES AGAIN




Comentei o outro dia a absurda proposta de Nelson Jobim para resolver o problema de segurança aérea no país. O ministro, só porque é gordo e tem traseiro proporcional à grandeza do cargo que ocupa, teve uma idéia de jerico: aumentar o espaço entre os assentos. Pois bem, o jerico ataca de novo. Leio nos jornais que o Tribunal Regional Federal da 3ª Região determinou novas restrições para as operações no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, que incluem a limitação de 130 passageiros nas aeronaves em pousos e decolagens.

Ora, as principais companhias aéreas do país utilizam modelos com capacidade superior a essa. O Airbus-A320 da TAM, por exemplo, tem 174 assentos. Cada avião decolará agora com 44 assentos vazios. Talvez seja difícil de calcular, mas não é difícil imaginar o gasto extra de combustível que um avião consome para levantar vôo com esse lastro inútil, 44 assentos mais o espaço necessário para sua instalação. Você já imaginou chegar num aeroporto e não conseguir embarcar em um avião que vai voar com 44 assentos vazios?

Se os aviões foram concebidos para decolar com 174 assentos, é porque podem decolar com 174 passageiros, ora bolas. A restrição do TRF não tem sentido. A menos que a EMBRAER esteja cogitando de colocar no mercado uma aeronave com exatamente 130 assentos e queira forçar sua venda. Mas esse não é o caso. É idéia de jerico mesmo.