¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quarta-feira, setembro 26, 2007
 
MARXISMO NA EDUCAÇÃO



De um leitor que prefere manter-se anônimo, recebi:

Já havia percebido há algum tempo as técnicas marxistas que os professores de história* tanto usam, mas, apesar das bobagens que escuto diariamente na sala de aula, entre as muitas das quais já reclamei estar cansado, a famigerada "a culpa é do capitalismo', sei que, ao menos nas escolas particulares, os alunos são altamente capitalistas - mesmo afirmando desejarem uma sociedade socialista.

E é fácil apontar o porquê: são poucos os que prestam atenção nas aulas. Ao menos isso é o que eu sou levado a pensar tendo em vista que, mesmo tendo um professor de estória obviamente bolchevique, nenhum de meus colegas - nem os mais inteligentes - haviam atentado para a doutrinação ideológica das aulas. E não é coisa difícil perceber os sinais de ideologização:

O professor aponta o liberalismo como uma "ideologia" por meio da qual os ricos só querem explorar os pobres, e se esquece de falar que nenhuma outra ideologia foi capaz de assegurar bem-estar e liberdade a tantas pessoas no mundo. Críticas gratuitas aos EUA, reclamações sobre a maneira que estamos perdendo nossas características culturais (graças à tal da globalização, aquele demônio), aulas de "economia" etc. Discursos sobre a maldade da zelite, sobre como a zelite domina a política de nosso país, sobre como o Cansei é um movimento golpista que só quer beneficiar o interesse da zelite, zelite, zelite ad infinitum.

Em uma das primeiras aulas do segundo ano o estoriador-revolucionário-dialético tratou de indicar dois livros. Quais? Não lembro muito bem os títulos, no entanto é óbvio que um era do conhecido grupo sertanejo Marx & Engels, e o outro era sobre globalização. No entanto, a gota d'água foi na última aula (que ocorreu hoje). O ideólogo do proletariado, ao início de todas as aulas, tratava de fazer um breve comentário sobre os noticiários da semana - aplicando o materialismo dialético, é claro - mas hoje ele se omitiu. Talvez seja porque em suas mãos estava uma Época - porque Veja é elitista e capitalista - na qual saiu uma matéria falando justamente acerca da influência marxista de nossos colégios. Será que ele se esqueceu, ou teve medo de instigar o debate?

A única coisa que me deixa realmente triste a respeito da situação não é o fato de crer que doutrinação esteja surtindo muito efeito entre a maioria, mas entre os alunos mais atenciosos, mais inteligentes e analíticos, que certamente mereciam coisa melhor que uma utopia furada que só serviu para gerar mortes e entravar o progresso no mundo.

*E para ser justo, não só os professores de história; português, redação e, veja só!, biologia também estão claramente contaminados pela ladainha esquerdista. Cada qual atacando com o que tem: subjetividade, debates ou ecochatice.