¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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terça-feira, setembro 25, 2007
 
SOBRE GUERNICA



Que Guernica é uma farsa, basta olhar o quadro para deduzir. Quando estudava em Madri, tive pelo menos duas horas de aula no Casón del Prado - onde estava então a tela - ministradas por uma professora que tentava em vão me convencer que o quadro se referia ao bombardeio. Ora, o quadro tem cavalo, tem touro, tem um homem de braços ao alto, cenas que podem evocar uma lídia, jamais um bombardeio. Tem também uma mulher segurando um quinqué, coisa que nada tem a ver com ataques aéreos. Isso me basta para denunciar o título como fraude. Comentei rapidamente a farsa em crônica passada. Sempre que a comento o assunto, leitores me pedem mais dados sobre o assunto. Vamos lá!

Já não lembro quando li as primeiras denúncias sobre o golpe magistral de Picasso. Talvez tenha sido em um artigo do jornalista italiano Vittorio Messori, em artigo publicado em 1995, que adianta vigarices outras. Segundo Messori, Hugh Thomas, em seu La Guerra Civil Española, fala em 1654 mortos em Guernica. Na segunda edição do livro, teria reduzido a 200 este número. Tenho comigo a primeira edição, mas não a segunda. Não posso conferir. No entanto, confio na informação de Messori. Jornalista algum arriscaria seu nome fazendo uma afirmação cuja falsidade seria facilmente comprovável.

O historiador inglês David Irving, em sua obra Hermann Goering, a Biography (MacMillan, NY, 1989, p. 178), afirmou seis anos antes que Guernica já estava pintado muito tempo antes da explosão da cidade de mesmo nome, idealizado como tema de uma corrida de touros. Foi rebatizado após 26 de abril de 1937, para adaptar-se às exigências político-ideológicas de seus amigos marxistas da imprensa internacional. A partir daí, o quadro iniciou sua carreira para chegar até nossos dias como "a maior obra de arte do Século XX".

Tem mais. (Estas informações me foram enviadas por um leitor). Segundo o historiador judeu-americano Raymond Proctor, em sua obra Hitler's Luftwaffe in the Spanish Civil War (Greenwood Publishers, NY, 1991), "afirma-se sempre que os aviões nacionalistas (Legião Condor, da força aérea alemã, juntamente com formações de caças Fiat CR-37 enviados por Mussolini) teriam bombardeado a cidade, mas o que realmente aconteceu é que esta foi vítima das explosões e do fogo provocados pelos vermelhos ('Reds', em inglês - comunistas das Brigadas Internacionais, os chamados Republicanos) sendo reduzida como que a uma montanha de escombros".

As investigações do Proctor, a partir das próprias fontes republicanas e de entrevistas com sobreviventes da destruição, revelam que Guenica estava sendo utilizada pelos comunistas como depósito de armamento e munições. Com a rápida aproximação das forças terrestres nacionalistas do General Franco, os comunistas, sem condições de manter suas posições na cidade, incendiaram-na e fizeram ir pelos ares os depósitos de munições, sem a mínima consideração com a população civil daquela cidade basca. Centenas de civis, homens, mulheres e crianças, fugiram espavoridos em todas as direções e muitos foram violentamente atingidos pelas detonações. Através dos serviços telegráficos, o comissário marxista de Guernica enviou para a United Press International fotografias de numerosos cadáveres como prova documental de "horrendas atrocidades fascistas" exercidas contra inocentes populações indefesas.

Reproduzo abaixo o artigo de Vittorio Messori.