![]() ![]() ![]() |
|||
¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV
Email
janercr@terra.com.br
Tiragem
Janer Cristaldo escreve no
Livros do Janer
Arquivos |
segunda-feira, dezembro 31, 2007
DISSERAM POIS OS ÍMPIOS... Disseram pois os ímpios no desvario de seus pensamentos: o tempo de nossa vida é curto e cheio de tédio, e não há nenhum bem a esperar depois da morte, e também não se conhece ninguém que tenha voltado dos infernos. Pois do nada somos nascidos e depois desta vida seremos como se nunca tivéssemos sido. Pois a respiração de nossos narizes não passa de fumaça; e a razão é como faísca para mover o nosso coração. Apagada ela será e nosso corpo reduzido a cinza e o espírito se dissipará como um ar sutil. E a nossa vida se desvanecerá como uma nuvem que passa e se dissipará como um nevoeiro que é afugentado pelos raios de sol e oprimido pelo seu calor. E o nosso nome com o tempo ficará sepultado no esquecimento, e ninguém se lembrará de nossas obras. Pois nossa vida é a passagem de uma sombra, e não há regresso depois da morte. Pois, lacrada, dela ninguém retorna. Vinde portanto, e gozemos dos bens presentes, e apressemo-nos a usar das criaturas como na mocidade. Enchamo-nos de vinho precioso e de perfume e não deixemos passar a flor da primavera. Coroemo-nos de rosas antes que murchem; não haja prado algum em que a nossa intemperança não se manifeste. Nenhum de nós falte às nossas orgias. Deixemos em toda parte sinais de alegria, porque esta é a parte que nos toca e esta é a nossa sorte. (Livro da Sabedoria, II:1,7) Bom 2008 a todos leitores! |
||