¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quarta-feira, dezembro 26, 2007
 
PARABÉNS, DOM ALOÍSIO!



Foi celebrada nesta quarta-feira a missa que marca o fim do velório de d. Aloísio Lorscheider na Catedral Metropolitana de Porto Alegre (RS). Nos últimos dias, chegaram mensagens de pêsames e dor de todos os rincões do Brasil e de mais alguns cantos do mundo.

Por que pêsames? O cardeal não vai encontrar-se com o Criador? Em A Peste, de Albert Camus, o padre Panelou demonstra uma extraordinária aceitação da morte:

- Há muito tempo, os cristãos da Abissínia viam na peste um meio eficaz, de origem divina, de se obter a eternidade. Aqueles que não haviam sido atingidos se enrolavam nos lençóis dos pestíferos para terem a certeza da morte. Sem dúvida, este desejo furioso de saúde não é recomendável, pois denota uma deplorável precipitação, bem próxima do orgulho. Não se deve ser mais apressado do que Deus. Tudo o que pretende acelerar a ordem imutável, estabelecida de uma vez por todas, conduz à heresia. Mas este exemplo, pelo menos, traz sua lição. Para nossos espíritos mais clarividentes, faz luzir este brilho delicado de eternidade que jaz no fundo de todo sofrimento. Esta luz ilumina os caminhos crepusculares que conduzem à libertação. Ela manifesta a vontade divina que, sem falhar, transforma o mal em bem.

Confesso não entender os cristãos que demonstram tristeza quando outro cristão morre. O momento é de alegria, gente. É o almejado encontro com o Pai. Parabéns, Dom Aloísio!