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¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV
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sexta-feira, março 21, 2008
BESTEIROL DA PAIXÃO Sexta-feira Santa é época propícia a proferir bobagens. Em Roma, o Papa Bento XVI disse hoje aos fiéis, no término da Via-Sacra, que parassem para contemplar a cruz de Cristo, que é "fonte de vida, escola de Justiça e de paz e patrimônio universal de perdão e misericórdia". É o culto ancestral da Igreja por um instrumento de tortura. Os romanos escolheram o suplício errado. Se Cristo fosse empalado, duvido que o papa conclamasse fiéis a contemplar uma estaca. A cruz é prova também de um "amor infinito, que empurrou Deus a tornar-se homem vulnerável como nós, até morrer crucificado", disse Bento. Só o que faltava, o criador de um cosmos todo, estar preocupado com esta raça efêmera deste planetinha. A idéia de deus faz carreira quando se imaginava que a Terra era o centro do universo. Com o desenvolvimento da astronomia coloca-se um problema: o tal de deus é mesmo o criador de tudo? Então por que esta preocupação toda com um pontinho insignificante de seu universo de bilhões de corpos celestes? A astronomia destrói com o conceito de qualquer criador preocupado com a tal de raça humana. Cristo não foi empurrado à cruz por seu amor infinito. Ser humano algum pediu que se sacrificasse pela humanidade. Foi empurrado à cruz pelos judeus, que temiam a reação de Roma ante o surgimento de um messias. Tanto que, em seus momentos finais, se queixa: Eli Eli, lama sabachtani! A cada pronunciamento deste papa, me torno mais convicto de que este senhor nada entende das escrituras. |
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