¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quinta-feira, dezembro 04, 2008
 
MORTE AOS REFRIGERANTES!


Se tem algo que sempre detestei em minha vida, são os refrigerantes. Não suporto. Claro que se estiver morrendo de sede no Sahara e encontrar um Mac nalgum oásis – não duvido que já estejam lá – até que topo. Se bem que, ao pensar nisso, lembro de um filme de 1966, Modesty Blaise, dirigido por Joseph Losey, com Monica Vitti, Terence Stamp e Dirk Bogarde. Lá pelas tantas, Bogarde é estaqueado sobre as areias do deserto. Sedento e desesperado, pede: “Champagne, champagne”.

Talvez por afinidades eletivas, em meu pequeno círculo não há ninguém que tome refrigerante. Aliás, nem fumantes. Não condeno quem gosta de refrigerantes. Cada um na sua. Mas também não endosso. Quando vejo alguém pedindo uma coca ou guaraná, tomo distância. Daquela boca não podem sair palavras que prestem. Assim, é com certo reconforto que leio hoje no noticiário on line, que o consumo diário de refrigerantes provoca sérios males. Bem que eu desconfiava. Vamos à notícia:

Vilões das dietas, os refrigerantes são alguns dos maiores responsáveis pela grande ingestão de açúcar. O que todas nós sabemos mais tentamos ignorar é que refrigerante favorece o aparecimento de celulite sim!

Segundo a medica, especializada em Nutrologia, doutora Jane Corona, qualquer carboidrato em excesso aumenta a quantidade de açúcar e congestiona a rede linfática. “A linfa é um liquido que retira as toxinas do organismo. Se estiver sobrecarregada, acumula triglicerídios (gorduras) e gera as depressões aparentes na pele”.


As mais espertinhas tentam recorrer aos diets e lights. Mas a doutora explica que esses são piores ainda. “Esses vêm com adoçantes que são substâncias tóxicas, são como medicamentos e viciam o cérebro no gosto doce. O problema é que o cérebro pede a energia do doce e não o sabor. Como os adoçantes não possuem as calorias do açúcar simples, o cérebro continua pedindo mais doce durante todo o dia, por isso as pessoas que ingerem adoçantes acabam comendo mais”, detalha a nutróloga.

Bingo. Além do sabor abominável, faz mal à saúde. A nutróloga sugere a quem quer se livrar do açúcar não ingerir nenhum tipo de doce, porque o cérebro passa a não solicitar mais a substância. Mas quem não quiser radicalizar tem uma alternativa. “Essa é uma bebida de final de semana, para ser consumida socialmente, não substitui de forma nenhuma a água e o suco. A água e o suco hidratam o corpo e o organismo consegue quebrar essas substâncias para aproveitar seus nutrientes. Já os refrigerantes não têm nenhum valor nutricional”, explica.

Doces, também não gosto muito. De doce, basta a vida. Mas há duas sobremesas que não resisto: îlle flottante e baba au rhum. São sobremesas tipicamente parisienses, embora já se encontre a îlle flottante aqui em São Paulo. É um creme batido de clara de ovos. Eu a reencontrei em Paris, embora seja coisa de minha infância, lá no Upamaruty. Só que, mais prosaicamente, a chamávamos de escuma de sapo.

Já o baba au rhum é um pudim embebido em rum. Embriagante. Para leitores de Asterix é familiar. Babaorum é uma das guarnições romanas sediadas na Gália.

Além de não trazerem benefício, alerta a doutora, os refrigerantes ainda podem iniciar processos degenerativos como a osteoporose, a alteração de sono e do sistema nervoso. “Refrigerantes têm muito fósforo e o excesso dessa substância no organismo provoca descalcificação podendo até causar osteoporose. Os lights podem provocar alterações neurológicas como a perda de memória por conta dos estimulantes e adoçantes”.

Alvíssaras! A ciência concorda comigo. Morte à coca e similares. Quem os vende, deveria estar na cadeia. E quem os toma, nalgum desses institutos que recuperam drogados. Perdão, leitores, se ofendi alguém.