¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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terça-feira, fevereiro 24, 2009
 
AINDA MOZART NA ÁFRICA (I)


Do leitor Luiz Bonow, recebo:

Cristaldo,

com relação ao texto "Mozart não pode nascer na África", acredito que tu não tomaste conhecimento da pesquisa publicada na revista Slate:
http://www.slate.com/id/2178122/entry/2178123/, que poderia acrescentar ao teu texto. Na época, eu havia comentado esse assunto no meu blog: http://bonow.blogspot.com/2007/12/e-agora.html.
A questão é que existem diferenças entre raças que não são meramente culturais, como apregoa o politicamente correto, isso é que faltou ser colocado.
Saudações.


Segue o texto de Bonow:


E AGORA?

Recentemente, citando profundos estudos, a revista Slate publicou um artigo sobre as novas pesquisas científicas que incluem diferenças de QI entre diversas raças humanas.

Depois da descoberta que o sol não anda ao redor da terra e de que o homem não foi feito de barro, talvez essa seja a descoberta científica que maior dano criará ao pensamento cristão e suas conseqüências, o rousseauísmo e o socialismo. E agora? Como afirmar que todos os homens são iguais se a genética interfere na inteligência. A sociedade é que nos corrompe? Esta bobagem foi recentemente coberta com a pá de cal dos avanços do conhecimento científico. Rousseau foi definitivamente superado, hoje em dia ninguém, a não ser alguns de nossos governantes obtusos, pode afirmar e pretender igualdade social, pois as pessoas são intrinsecamente diferentes.

Crianças orientais subnutridas criadas por pais americanos têm em média mais inteligência do que os seus irmãos brancos e bem alimentados. A teoria do ambiente foi posta a terra por estudos como esse.

“Racismo é elitismo menos informação”, diz lá pelas tantas a reportagem da Slate. A grande lição desses novos conhecimentos não é o de fomentar uma corrida pela desinformação, mas o de pretender valorizar o indivíduo. A média de QI de uma raça é maior do que a de outras. As mulheres de ancas largas normalmente são mais inteligentes do que as de ancas estreitas. Os primogênitos são mais inteligentes do que os caçulas. Como será que fica uma judia (povo considerado pelas pesquisas como o mais inteligente) caçula e de ancas estreitas se casar com americano de origem latina e primogênito? Como serão os descendentes? Será que a matemática é tão simples assim?

Por tudo isso, eu vou contra as oposições da dita direita brasileira quando contesta o sistema de cota para negros nas universidades brasileiras. Normalmente se fala que é uma lei que fomenta o racismo, mas o buraco é bem mais embaixo. A questão não é essa, mas a de que é uma proposição racista em si, o fato de a longo prazo fomentar o racismo é o de menos.

A lei pressupõe que em igualdade de condições, os negros não têm a mesma capacidade intelectual dos brancos. Esse é racismo implícito. Por que não estabelecer cotas para brancos em relação a nipo-brasileiros, uma vez que proporcional à população, têm presença maciça nas universidades de São Paulo e Paraná? E de caçulas em relação a primogênitos? Aliás, nessa eu entro, pois sou o caçula da família!

Já passei em vários vestibulares, sendo dois em universidades públicas, com meu próprio esforço e capacidade. Será que uma cota para filhos caçulas não iria me inferiorizar perante os meus colegas? Será que se eu quisesse entrar hoje em uma universidade seria mais importante uma lei que me protegesse ou debruçar-me por sobre os livros e estudar arduamente?

Grupos sociais têm diferenças entre si? E daí? Será que somos indivíduos ou apenas uma colônia de formigas?