¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quinta-feira, fevereiro 26, 2009
 
AINDA MOZART NA ÁFRICA (III)


De Francisco José de Queiroz Pinheiro, recebo:

Boa noite, Janer

A associação do subdesenvolvimento geral das nações negras africanas com deficiências da raça é inevitável. O Haiti e o Zimbábue são os exemplos extremos: de colônias razoavelmente produtivas passaram a países caóticos após a independência. Mas não acho que isso demonstre uma inferioridade inata da raça. Stephen Jay Gould dedicou um livro inteiro a esse tema. Nada encontrou. Todas as diferenças podem ser atribuídas inteiramente ao clima. Evolucionariamente, é improvável que os indivíduos mais hábeis da espécie tenham abandonado o continente africano e formado grupos mais evoluídos em outras regiões. O contrário, que os mais fortes e adaptados tenham ficado, é muito mais provável.

O que eu acho que explica o subdesenvolvimento congênito das nações negras, Janer, é o isolamento e inclemência extremos do continente africano, com suas secas, doenças e animais selvagens. Na África, até formiga mata. A economia torna-se incapaz de gerar excedentes. Na amena Europa, o animal mais feroz era o lobo, que logo ficou amigo do homem. Mas o isolamento, a falta de contato com outras civilizações, deve ter sido o fator mais determinante.

Na Europa, houve a transmissão de diversas culturas antigas, como a egípcia, a mesopotâmica, a semita, que vieram através da Grécia e da Roma antiga. Nada porém chegava à África, que permaneceu tribal e iletrada por séculos. Hoje, na era das comunicações, há sinais razoavelmente fortes de nações viáveis. Angola, Nigéria, África do Sul e outras, certamente.

Bom, pelo menos é essa a minha opinião, sem deixar de registrar minha admiração por um articulista que não tem medo de enfrentar o touro só com as unhas.


Salve, Francisco!

A questão é complicada. De fato, há o fator geografia. Mas também se vê que, numa mesma geografia, o negro continua em inferioridade cultural. Creio que as afirmações de James Watson não podem ser deixadas de lado, sem mais nem menos. O problema é: se algum dia se concluir definitivamente que negro de fato é menos inteligente, isso não pode deixar de ser dito, em nome do politicamente correto. Por isso aventei a hipótese de que se Watson tivesse afirmado, contra todas as evidências: AFRICANO É MAIS INTELIGENTE, ninguém o acusaria de racismo, nem universidades e instituições estariam cancelando suas palestras.