¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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sexta-feira, maio 22, 2009
 
APEDEUTA DA VEJA CRITICA
O APEDEUTA DO PLANALTO



Considero que maior desserviço não pode prestar um jornalista ao país do que fazer acusações falsas ou indevidas a Lula ou ao PT. Isto dá oportunidade aos petistas para posar como vítimas e desacreditar a imprensa. Pior ainda, com razão. Foi o que fez ontem o recórter tucanopapista serrista hidrófobo em seu blog na Veja. Em Istambul, Lula andou dizendo que no Brasil todo vendedor de roupa ou de qualquer outro produto que passe casa por casa é conhecido como "turco". Ainda tentou explicar:

- Qualquer vendedor que for vender um produto na casa das pessoas, prontamente ele é chamado de turco. Eu não sei se é o turco nascido em Istambul ou no tempo do Império Otomano, nascido na Arábia Saudita ou no Líbano.

Com sua antiética forma de fazer jornalismo, que consiste em reproduzir textos de outros jornais e apor um outro título, geralmente raivoso, escreve o apedeuta da Abril:

Num dia clássico, Apedeuta mistura turco com árabe — na Turquia!!! — e diz outra formidável batatada

Após transcrever um texto de Jamil Chade, do Estadão, comenta o recórter tucanopapista serrista hidrófobo:

Já comentei aqui outras vezes que Lula aprende pelo método indígena: com as orelhas. É notavelmente inteligente, mas espantosamente ignorante. E olhe que não lhe faltou tempo para aprender. Mas tem uma indisposição com a leitura conhecida e reconhecida. Ele deve pensar: “Para quê? Esse gente toda leu bastante é agora é minha subordinada”. É, faz sentido... É por isso que, suponho, Celso Amorim também tenha parado de ler.

O apedeuta de Veja crítica Lula por um de seus raros acertos. No interior do país, os mascates árabes sempre foram chamados de turcos. Assim como os imigrantes italianos, no Rio Grande do Sul, são chamados de gringos. Houve uma imprecisão, é verdade, na afirmação do apedeuta do Planalto. Eram chamados de turcos os sírios e libaneses, jamais os sauditas. Diga-se de passagem, não me consta que sauditas viessem mascatear no Brasil.

Se é polido ou diplomático fazer esta alusão pejorativa junto aos anfitriões turcos, isto é outro assunto. Mas condenar Lula quando Lula, por acaso, acerta, é demonstrar ignorância ainda maior que a de Lula.