¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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terça-feira, outubro 27, 2009
 
JOSÉ HERNÁNDEZ E RAMIRO BARCELLOS


De Alexandre Kich, recebo:

Grande Janer,

Uma vez pensei sobre quando escreverias sobre o Antônio Chimango? Ai está. Nada para mim existiu de mais bonito em termos de poesia provocativa do que a descoberta do Antônio Chimango na biblioteca de meu ex-colégio no 1° ano do falecido 2° Grau. Falei com dezenas de professores de Letras gaúchos sobre o poemeto campestre e ninguém sabia de sua existência. Poucos professores de História associam seus versos à conturbada vida política gaúcha sob o mando de Borges.

Para mim, o Antônio Chimango é um tapa debochado na cara não somente dos autocrata guasca, ali encarnado em Borges de Medeiros, mas em tempos de messianismo centralista em Brasília e ressurreição do populismo facínora latino-americano com Chávez, um deboche de todos esses homens que metidos em fardas e escondidos sob uma ideologia homicida nos querem tirar a liberdade individual.

O Positivismo asfixiante dos chimangos não morreu, ele encarnou por incrível que pareça na cor maragata do petismo. Grande Hernández. Grande Ramiro Barcellos.


Meu caro Kich,

como estou de pé no estribo, a mala já nos tentos para mais uma campereada, vou ficar devendo. Mas um dia ainda volto ao assunto.