¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

Powered by Blogger

 Subscribe in a reader

sexta-feira, janeiro 01, 2010
 
IMPRENSA EUROPÉIA OMITE
ORIGEM DE ASSASSINO



Há muitas maneiras de encerrar um ano. Há quem goste de livrar-se de papéis e tralhas antigas, outros se empanturram de perus e bebidas, uns viajam, outros vão para o litoral, há quem faça uma lista de bons propósitos para o ano que inicia. Na Finlândia, Ibrahim Shkupolli encerrou com chave de ouro o ano passado. No centro comercial de Espoo, próximo a Helsinki, matou sua ex-mulher e mais quatro pessoas e se suicidou. Seis cadáveres para saudar o Ano Novo. Tento encontrar alguma pista sobre a nacionalidade do assassino. Não encontro nada. O máximo que os jornais dizem é que residia no país há alguns anos.

Li o espanhol El País, os franceses Le Monde, Libération, e os suecos Aftonbladet, Svenska Dagbladet. Nem um pio sobre a identidade do assassino. El País aproveita para noticiar que a Finlândia é o terceiro país com mais armas por habitante (56 por cada cem pessoas), depois dos Estados Unidos (90) e o Iêmen (61). Lembra ainda que o país foi comovido nos últimos dois anos por dois mortíferos tiroteios em institutos de ensino.

A lembrança teria sentido se o assassino fosse finlandês. Não é. De Vaasa, no litoral do Golfo de Bótnia, uma amiga me informa. Trata-se de um refugiado albanês. E muçulmano. E se é refugiado, albanês e muçulmano, é claro que a imprensa européia, totalmente dominada pelo politicamente correto, jamais dirá que é um refugiado albanês muçulmano.

A história vem de longe. Desde há muito, os jornais europeus não identificam o criminoso quando este é africano, árabe ou muçulmano. Pelo jeito, agora os albaneses entraram na lista de proteção.

Fosse finlandês o assassino, sua nacionalidade estaria na primeira página dos jornais.