¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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sábado, fevereiro 20, 2010
 
BOLSA-ASSASSINATO


Prezado Janer,

clap, clap, clap! Parabéns pelo artigo. Confesso que estava esperando que escrevesses algo sobre o tema.

Às vezes tenho a impressão de que vivemos em uma fábrica de loucos, pois só loucura para explicar tanta falta de lógica, a mais elementar, mais rasteira e primária. Não é possível que haja outro lugar no mundo como esse em que vivemos. Lugar em que há mais de 50 mil assassinatos por ano e a defesa da vida não é colocada na agenda nacional, mas bastam menos de 200 assassinatos por ano com motivação homossexual e pronto, é interesse de Estado.

País em que a vítima e sua família são vilipendiados duplamente, a primeira ao perder o ente querido, a segunda ao tomar esse golpe que provoca náuseas, ao ver o algoz, apenas três anos depois, sendo agraciado com bolsa-assassinato e exílio na Suíça. É o único lugar do mundo em que a pena serve apenas (na cabeça dos sociólogos, diga-se) para ressocializar, quando em qualquer lugar, sabemos, a pena serve, desculpe o truísmo, como pena!

Submetem o brasileiro a experiências de correntes de pensamentos amplamente minoritárias no Velho Mundo, mas que aqui chegam com ares de vanguarda (o garantismo penal é um belo exemplo - se tiver estômago e ainda não o tiver feito, leia Zaffaroni e Ferrajoli). E você (e o Leste Europeu) sabe(m) muito bem no que vai dar esse tipo de coisa (experiências acadêmicas com seres humanos). Todo o entulho das áreas pedagógica, criminal, sociológica, enfim, das humanas, entra em nosso país e aqui encontra solo fértil. Pobres de nós.

Mais uma vez, parabéns.

Abração,

Carlos Vinicius Rosenburg