¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quarta-feira, fevereiro 17, 2010
 
MAIS UM PLÁGIO DO
“CORRESPONDENTE”
DE VEJA EM PARIS



Quando denunciei o plágio do “correspondente” da Veja em Paris, fiquei com a convicção de que não seria o único. Quem plagia uma vez, plagia outras. Não deu outra. Recebo de um leitor:

Oi, Janer.

"Se este senhor continuar trabalhando na revista, Veja está
definitivamente desmoralizada", você disse. Nesse caso, pode considerá-la "definitivamente desmoralizada" desde pelo menos 2008, quando o mesmo colunista plagiou um artigo publicado pela Time.

Confira neste link o artigo original, de Bill Saporito:
http://www.time.com/time/nation/article/0,8599,1843168,00.html

E neste, o plágio:
http://veja.abril.com.br/blog/de-paris/franca/os-estados-unidos-da-franca/

Note que nesse texto o plágio é ainda mais explícito do que no artigo sobre os cafés. Em alguns trechos a cópia é praticamente ipsis litteris. Pois é, o articulista é reincidente. Fez uma, duas vezes. E talvez tenha feito mais. Saiu de férias. Será que volta?

Abraços,

Emerson


Certamente fez muito mais outros, Emerson. Cachorro que come ovelha não tem cura. Só matando, como se diz em meus pagos. Além de chupador do trabalho alheio, é burro. Nos tempos pré-internet, plágio era coisa que passava batido. O “correspondente” – melhor diríamos, o tradutor – copiava seu texto de um jornal do país em que estava e dava seu trabalho como feito. Como o jornal não chegava aqui, o fulano passava por jornalista ágil. Hoje, os tempos são outros. Qualquer texto que esteja na rede pode ser consultado. Um jornalista precisa ser muito mentecapto para achar que seu plágio, mais dia menos dia, não será descoberto. Se Veja não dispensar este senhor, estará demonstrando a falta de respeito que tem pelo leitor.

Outra dúvida que me ocorreu foi se o “correspondente” em Paris sabe francês. Pelo jeito, não. Pois prefere copiar do inglês. Suas “fontes” sobre a França estão nos EUA ou Reino Unido. Ao que tudo indica, nem português o “correspondente” domina. O animal grafa francêses assim, com acento. Abaixo, o plágio da Veja e o artigo plagiado da Time.