¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quinta-feira, agosto 19, 2010
 
ISLAMISMO E ESQUERDAS (III)


Senhoras e senhores, não se enganem: a esquerda está facilitando a islamização.

Esquerdistas e liberais estão aplaudindo cada novo banco islâmico, cada nova hipoteca islâmica, cada nova escola islâmica, cada novo tribunal sharia. Os esquerdistas consideram o Islã igual à nossa própria cultura. Direito islâmico ou democracia? Islã ou liberdade? Nada disso importa para eles. Mas para nós isso importa, e muito. Toda a elite da esquerda é culpada pela prática do relativismo cultural. Universidades, igrejas, sindicatos, a mídia, os políticos. Todos estão traindo nossas liberdades duramente conquistadas.

Por quê, eu me pergunto, por que os esquerdistas e liberais pararam de lutar por nossas liberdades? Certa vez os militantes de esquerda estavam a lutar nas barricadas pelos direitos das mulheres. Onde estão eles hoje? Onde estão eles em 2010? Estão olhando para o outro lado. Estão embriagados pelo relativismo cultural e são dependentes do voto muçulmano. Os esquerdistas são dependentes da imigração em massa.

Graças aos céus Jacqui Smith não faz mais parte deste governo. Foi uma vitória para a liberdade de expressão que um juiz britânico descartou a prévia decisão de Smith recusando a minha entrada no Reino Unido no ano passado. Espero que os juízes no meu país de origem sejam igualmente sábios e me absolvam de todas as acusações, mais tarde em 2010.

Infelizmente, até agora eles não têm feito um bom trabalho. Eles não querem ouvir a verdade sobre o Islã e nem estão interessados em ouvir a opinião de especialistas de alto nível no campo da liberdade de expressão. No mês passado, em uma sessão preliminar, o Tribunal de Justiça recusou quinze das dezoito testemunhas que eu havia convocado.

Somente três testemunhas poderão ser ouvidas. Felizmente, minha querida amiga, a heróica psiquiatra norte-americana Dra. Wafa Sultan, é uma delas. Entretanto, o seu depoimento será ouvido a portas fechadas. Aparentemente, a verdade sobre o Islã não pode ser proferida em público, tal verdade deve permanecer em segredo.

Senhoras e senhores, eu estou sendo processado por minhas crenças políticas. Sabemos que existe perseguição política em países do Oriente Médio, como no Irã e na Arábia Saudita, mas nunca na Europa, nunca nos Países Baixos.

Estou sendo processado por comparar o Alcorão ao Minha Luta. Ridículo. Eu gostaria de saber se a Grã-Bretanha vai colocar as palavras de Winston Churchill em julgamento … Senhoras e senhores, este julgamento político contra a minha pessoa tem que parar.

Todavia, o problema não é apenas relacionado à minha pessoa, ao Geert Wilders. É muito maior. A liberdade de expressão está sob ataque. Deixe-me dar aqui alguns outros exemplos. Como vocês talvez saibam, uma das minhas heroínas, a autora italiana Oriana Fallaci, teve de viver sua vida com receio de ser extraditada para a Suíça, por causa de sua obra anti-islâmica A Raiva e o Orgulho. O cartunista holandês Nekschot foi detido em sua casa, em Amsterdã, por 10 homens da polícia por causa de seus desenhos anti-islâmicos. Aqui na Grã-Bretanha, a autora norte-americana Rachel Ehrenfeld foi processada por um empresário saudita, acusando-a de difamação. Na Holanda, Ayaan Hirsi Ali e, na Austrália, dois pastores cristãos foram processados. Eu poderia continuar ad nauseam. Senhoras e senhores, em todo o Ocidente os amantes da liberdade estão enfrentando essa “jihad” dos tribunais. Uma verdadeira ‘guerra judicial’ islâmica. E, senhoras e senhores, não muito tempo atrás, o cartunista dinamarquês Westergaard quase foi assassinado por suas caricaturas.

Senhoras e senhores, devemos defender o direito à liberdade de expressão com veemência. Com todas as nossas forças. A liberdade de expressão é a mais importante das nossas muitas liberdades. A liberdade de expressão é a pedra angular da nossa sociedade moderna. É a respiração da nossa democracia, sem liberdade de expressão nosso modo de vida, a nossa liberdade, vai embora.

Eu acredito que é nossa obrigação a de preservar a herança dos bravos soldados que invadiram as praias da Normandia, que libertaram a Europa da tirania. Esses heróis não podem ter morrido por nada. É nossa a obrigação de defender a liberdade de expressão. Como George Orwell disse: “Se a liberdade significa alguma coisa, significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir”.

Senhoras e senhores, eu acredito em uma outra política. É tempo de mudança. Temos de nos apressar. Não podemos esperar mais. O tempo está acabando. Para citar um dos meus favoritos presidentes norte-americanos, Ronald Reagan disse certa vez: “Para preservar o amanhã, nós devemos agir hoje”. Por isso, proponho as seguintes medidas, vou mencionar apenas algumas, a fim de preservar a nossa liberdade:

Em primeiro lugar, teremos de defender a liberdade de expressão. É a mais importante das nossas liberdades. Na Europa e, certamente, nos Países Baixos, precisamos de algo como a Primeira Emenda da constituição dos Estados Unidos.

Em segundo lugar, teremos que acabar com o conceito de relativismo cultural. Para os multiculturalistas e socialistas islâmicos, eu proclamo com orgulho: nossa cultura ocidental é muito superior à cultura islâmica. Não tenha medo de afirmar isso. Ninguém é racista por dizer que nossa cultura é melhor.

Em terceiro lugar, teremos de acabar com a imigração maciça vinda dos países islâmicos. Simplesmente porque mais islã significa menos liberdade.

Em quarto lugar, vamos ter de expulsar os imigrantes criminosos e, após a devida desnaturalização, teremos que expulsar os criminosos com dupla nacionalidade. Há muitos deles em meu país.

Em quinto lugar, vamos ter que proibir a construção de novas mesquitas. Há islã o suficiente na Europa. Uma vez que os cristãos na Turquia, no Egito, no Iraque, no Irã, no Paquistão e na Indonésia estão sendo maltratados, devemos agir e parar completamente com a construção de mesquitas no Ocidente.

E por último, mas não menos importante, temos que nos livrar de todos os assim chamados “líderes”. Como eu disse antes: precisamos de menos Chamberlains e mais Churchills. Vamos eleger líderes reais.

Senhoras e senhores, para a geração anterior, a de meus pais, o nome ‘Londres’ é sinônimo de esperança e liberdade. Quando o meu país foi ocupado pelos nacional-socialistas, a BBC oferecia um vislumbre diário de esperança em meio à escuridão da tirania nazi. Milhões de holandeses escutavam a BBC escondidos. A expressão “Isto é Londres” representava um mundo melhor.

O que será transmitido daqui a quarenta anos? Ainda será “Isto é Londres”? Ou será “Isto é Londonistão”? Será que vai nos trazer esperança? Ou os valores de Meca e Medina? A Grã-Bretanha oferecerá submissão ou perseverança? Liberdade ou escravidão? A escolha é sua. E, nos Países Baixos, a escolha é nossa.

Senhoras e senhores, nós nunca iremos nos desculpar por sermos livres. Nós nunca deveremos desistir. De fato, como um de seus ex-líderes disse: Nós nunca vamos nos render.

A liberdade deve prevalecer. E a liberdade prevalecerá.

Muito obrigado.

Geert Wilders, 5 de março de 2010