¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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domingo, setembro 19, 2010
 
IMPRENSA EUROPÉIA SE
RENDE AOS BÁRBAROS



Em julho passado, eu manifestava meu espanto ao constatar que a Suécia estava no topo das estatísticas de estupro, só sendo superada pelo Lesotho, na África negra. Segundo o UNODC (United Nations Office on Drugs and Crime), em 2008, havia no Lesotho uma taxa de 91,6 estupros por cem mil habitantes. Na Suécia, segundo país no ranking, a taxa era de 53,2.

Ocorre que as estatísticas do UNODC, tão precisas em matéria de números, nada diziam sobre a origem dos estupradores. Em vários países da Europa, particularmente nos escandinavos, está ocorrendo uma onda de estupros, geralmente cometidos por árabes e africanos, tendo como vítimas suecas, finlandesas, dinarmaquesas, francesas e italianas. Os jornais, ao noticiar o fato, ocultam não só a identidade como também a etnia e o país de origem dos criminosos. Supostamente, para não caracterizar o crime como étnico. Em verdade, obedecendo à tirania do politicamente correto e dos grupos dos tais de Direitos Humanos, que só defendem os direitos dos criminosos. Ou seja, o estupro tende a ser descriminalizado na Europa. Se não descriminalizado, pelo menos aceito como uma transgressão menor.

A Suécia teve eleições hoje. O Alliansen, antes chamado Allians för Sverig, constituído pelos Moderados, Partido do Centro, Partido do Povo e Cristãos Democratas, obteve 49% dos votos, em oposição ao bloco dito progressista, com 43%. O resultado está sendo saudado pela imprensa internacional – e obviamente a brasileira não será exceção – como um avanço da ”extrema direita xenófoba” dos Democratas Suecos no Parlamento de Estocolmo. Ao superar pela primeira vez o umbral de 4% - escreve El País – o partido antiimigração participará da partilha de assentos, reduzindo assim a cota dos demais.

Ou seja, quando um país assume uma atitude de legítima defesa ante a invasão de bárbaros, isto é um avanço da extrema direita xenófoba. Fala-se em partido antiimigração, como se imigração fosse direito líquido e certo de qualquer estrangeiro oriundo do Terceiro Mundo.

Vivi na Suécia nos dias em que o imigrante era bem-vindo. O Svenska Institut, em busca de mão de obra barata, publicava panfletos dirigidos aos potenciais candidatos ao paraíso nórdico. ”Não existe paraíso na terra, mas a Suécia é sua mais perfeita aproximação” – dizia então Bertil Oholsson, diretor da Administração do Mercado de Trabalho. O Instituto reproduzia as queixas de um sacerdote francês: ”Como continuar falando em paraíso aos estudantes, quando eles crêem que o paraíso já existe na Suécia?”

Os imigrantes foram chegando. Aos poucos, de início. Logo depois, a magotes. Os africanos, particularmente os negros, tinham cálida acolhida junto ao seio das ”adoráveis louras nórdicas”, como dizia uma das publicações do Svenska Institut. Eram divulgados então os dois aspectos graças aos quais a Suécia era observada por todas as nações: a liberdade sexual e o bem-estar material. Desenhos mostravam robustos vikings (sexo coberto pela bandeira nacional) e as adoráveis louras passeando seminus pela floresta próxima a uma cidade. Fábricas e trens soltavam pelas chaminés nuvens de fumaça em forma de corações. Mais adiante, um quadro dantesco de lutas, ódios, explosões, incêndios, violência – o mundo. Em meio ao caos, um oásis – a Suécia – onde o viking e a loura trocavam ternuras e acariciavam um urso polar.

Quem resiste a tal utopia? Eu não resisti. Juntei meus trapos e fui para o Éden nórdico. Não posso queixar-me. Naquelas noites brancas, muitas vezes corri nu, qual fauno grego, atrás de suecas nuas pelos bosques de Estocolmo. Confesso que, olhando hoje para trás, mal consigo acreditar no que vivi. Mas não fui para trabalhar. Nem para onerar o Estado sueco. Quando fui renovar meu visto de estada, ao saber que eu era jornalista e brasileiro, her Konstapel (policial) me ofereceu asilo político. Na época, era uma mordomia de sonho. Quatro mil coroas por mês, mais direitos sociais e ingresso garantido na universidade. Recusei. Havia saído pela porta da frente de meu país e não fugia da ditadura. Fugia, isto sim, do país do futebol e do carnaval. Não queria asilo político, mas abrigo espiritual. Fui, vi e voltei.

O mesmo não acontece com as massas de imigrantes, particularmente árabes e africanos, que buscam a Suécia. Foram para ficar e consideram um atentado aos direitos humanos a hipótese de voltar. Levaram consigo um vírus nefasto, o islamismo. Se hoje a Suécia tem o segundo lugar no ranking internacional de estupros, isto é obra de muçulmanos. O estupro já nem é sexual, mas étnico. O pênis virou arma com a qual se humilha o inimigo.

A Suécia começa a reagir. Tarde demais, a meu ver. Quando os suecos reagem em defesa de sua cultura, os jornais europeus falam em extrema direita xenófoba. A intelectualidade européia rendeu-se aos bárbaros.

Tudo de bom aos bandidos.