¡Ay de aquel que navega, el cielo oscuro, por mar no usado
y peligrosa vía, adonde norte o puerto no se ofrece!
Don Quijote, cap. XXXIV

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quarta-feira, janeiro 15, 2014
 
ASTRÓLOGO MORRE PELA BOCA


Aiatolavo perdeu qualquer senso de coerência que um dia pudesse ter tido. Escreveu hoje em sua página no FaceBook, na qual estou bloqueado. Recebi suas sandices através de um leitor.

“Janer Cristaldo mente como um Ghiraldelli de saias fofocando num salão de beleza. Ele diz que foi censurado no Mídia Sem Máscara só pela inofensiva heresia de escrever que Jesus nascera em Nazaré, não em Belém. Pobre vítima inocente do meu autoritarismo inflexível, não é? Pois não foi nada disso. Ele foi EXPULSO do quadro de redatores daquele jornal eletrônico a pedido de organizações judaicas inconformadas com o conteúdo inconformadas com o conteúdo ostensivamente anti-semita dos seus artigos. Durante meses eu havia tolerado aqueles abusos, limitando-me a reclamar por escrito na própria página do MSM, mas, quando o jornal, graças aos artigos dele, foi parar numa lista de publicações denunciadas como anti-semitas por um site de Israel, tive de botar o sujeito para fora. Ele diz que saiu por vontade própria. Sim, deu uma violenta bundada no meu pé".

Não vou contestar o Dostoievski campineiro. Prefiro que ele mesmo se conteste. Em janeiro de 2008, escrevia o astrólogo:

O sr. Janer Cristaldo jamais foi censurado no Mídia Sem Máscara. Foi expulso, a pedido de leitores judeus, por ser mais anti-semita do que poderia justificar mediante a exibição de um mero atestado de insanidade mental.

Escrevia o astrólogo em 06 janeiro 2006:

Louvando a franqueza e o vigor da minha resposta ao artigo anti-semita de Janer Cristaldo, nossos amigos do De Olho na Mídia protestam que ela não foi suficiente; que, não removido o artigo da página nem excluído o articulista do nosso quadro de colaboradores, "a nódoa ficou". Têm razão: ficou mesmo. Não tentei apagá-la; apenas admitir sua existência e chamá-la pelo nome. O Mídia Sem Máscara não é puro e inatacável como a Folha, o Globo e tantos outros monumentos de santidade jornalística. Enquanto essas publicações jamais pecam, jamais têm culpas morais, no máximo deslizes técnicos cometidos com intenções insuperavelmente éticas e elevadas, nós aqui assumimos a plena responsabilidade moral do que publicamos, e não nos sentimos isentos de culpa pelo que Janer Cristaldo escreveu.

Ao contrário, assumimos essa culpa - não por concordarmos com uma só palavra do que ele disse, mas porque, quando um homem não sente vergonha do mal que comete, não resta alternativa aos seus colegas e amigos senão senti-la em lugar dele. Por isso não procurei limpar a nódoa, mas mostrá-la aos olhos de todos. Achei que isso seria suficiente para alertar o colunista e demovê-lo da sua loucura. Não fiz isso para puni-lo, mas para avisá-lo de que entrou por um caminho errado e deve sair dele o mais que depressa.

Por isso mesmo não o excluí do quadro de nossos articulistas. Expulsá-lo seria carimbá-lo para sempre com um rótulo que, a meu ver, ele só merece a título provisório. Não posso exterminar a reputação de um colaborador quando espero ganhá-lo de volta para as boas causas. No fundo, não acredito na seriedade do anti-cristianismo nem do anti-judaísmo de Janer Cristaldo.


E ainda há um monte de pamonhas que conferem credibilidade a este Paracelso contemporâneo.